A Administração Municipal está dobrando a quantidade de agentes de combate a endemias para reforçar a guerra contra a Dengue. Embora Montenegro não tenha nenhum caso da doença confirmado até agora, em janeiro, já foram encontrados 773 ovos do mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti. O número é sete vezes maior do que o do primeiro mês do ano passado.
Com as nomeações, a Vigilância Sanitária passa a ter 18 pessoas nas ruas, visitando casas e empresas, para verificar a existência de recipientes com água parada. De acordo com a responsável pelo setor, Beatriz Garcia, o quadro é preocupante. Dos 497 municípios gaúchos, 466 estão infestados e há cidades próximas que já possuem doentes.
Além de pedir a colaboração de toda a comunidade para eliminar focos de água parada em seus pátios e nas imediações de suas casas, a Vigilância em Saúde continua fazendo vistorias diárias nas residências para detectar focos do mosquito. Os agentes estão uniformizados e possuem crachás com identificação.
Beatriz Garcia explica que o aumento do número de ovos está relacionado às constantes chuvas registradas desde o segundo semestre de 2023. “Com a volta das chuvas, o acúmulo de água em vasos, potes e outros objetos deixados nos pátios aumentou. É ali que as fêmeas depositam seus ovos”, sublinha.
Os principais sintomas da Dengue são febre alta (mais de 38.5ºC), dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Se estes sinais aparecerem, é preciso buscar atendimento médico imediatamente.
VACINA
O Sistema Único de Saúde (SUS) deve iniciar a vacinação gratuita contra a Dengue em fevereiro, mas, por enquanto, o Rio Grande do Sul não está na lista das regiões que vão receber o imunizante de forma prioritária. Quem quiser a proteção poderá se vacinar em clínicas privadas e farmácias, que ofertam o mesmo imunizante que será usado pelo SUS, a Qdenga.