O prefeito Gustavo Zanatta continua fazendo movimentos políticos para evitar a instalação de um pedágio na RSC 240, nas imediações da antiga fábrica da Antárctica. Nesta segunda-feira, ele participou de uma reunião com o secretário estadual de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi. O encontro também levou ao Centro Administrativo Fernando Ferrari o gerente de Contratos e Convênios da Prefeitura, Sílvio Kaél, e o procurador geral do Município, Alexandre Muniz de Moura.
Zanatta reiterou sua surpresa com a troca de local do pórtico de cobrança. A instalação estava prevista para o quilômetro 30 da rodovia, já no município de Capela de Santana. Porém, semana passada, sem qualquer aviso, a CSG – empresa que venceu a concessão para explorar a rodovia em troca de sua manutenção e futura duplicação – comunicou a mudança. O prefeito considera a decisão um verdadeiro absurdo.
Entre os argumentos da Administração Municipal, está o fato de que, nas imediações da antiga sede da Antárctica, o pedágio obrigará centenas de montenegrinos que trabalham às margens da estrada, em empresas e no comércio de flores, frutas e artesanato, a pagarem duas vezes para se deslocar diariamente. “Além disso, grande parte dos moradores de Pareci Velho e arredores, que compram em Montenegro e utilizam serviços oferecidos na cidade, como bancos, por exemplo, serão prejudicados”, ressalta o chefe do Executivo.
O gerente de Contratos e Convênios, Sílvio Kaél, também ressaltou o impacto sobre a economia local. “Montenegro já tem um pedágio, na BR 386. Com mais um, ficaremos cercados, o que é péssimo para atrair investimentos e acaba pesando demais nos custos das empresas com transportes”, destaca.
O secretário Pedro Capeluppi se mostrou sensível à situação e prometeu colocar o assunto em pauta no Governo do Estado em busca de uma alternativa. Na sexta-feira, o prefeito já havia conversado com o assessor da Casa Civil, André Palácio, sobre o assunto. Novas reuniões estão sendo agendadas.