Na quinta-feira (04/01), uma reunião marcou o início de uma mobilização para enfrentar os prejuízos das empresas com a enchente de novembro no Vale do Caí. Representantes das prefeituras das cidades atingidas e líderes de instituições como Fiergs, Federasul e ACI’s municipais se reuniram na Prefeitura Municipal de São Sebastião do Caí para debater a busca de recursos para os negócios que foram afetados pela cheia.
O grupo chegou à conclusão de que será utilizado como modelo o que foi feito no Vale do Taquari, em setembro. Ângelo Fontana, empresário da cidade de Encantando que teve um prejuízo avaliado em R$ 52 milhões, explicou como conduziu o relatório das perdas pós ciclone, em busca de financiamentos e empréstimos com juros reduzidos pelo governo. Ele frisou que o mais importante é a união das entidades em prol dos objetivos comuns. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Montenegro, Robson Santos, que estava na reunião, colocou-se à disposição para auxiliar as empresas locais na produção desse relatório.
Para organizações de pequeno e médio porte, o caminho é diferente. Também tendo como referência o que foi feito no Vale do Taquari, a coordenadora regional do Sebrae, Bia Zórtea, defendeu a aplicação de questionários online, simples e prático para ganhar tempo nesse momento de mapeamento das perdas.
Uma das possibilidades oferecidas aos empreendedores é uma opção de consultoria financeira para retomar a normalidade. Em Montenegro, o link do formulário será direcionado para as empresas através da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montenegro e Pareci Novo (ACI). O presidente João Batista Garcia Dias, o Tita, afirma que isso acontecerá já na semana que vem.
Inicialmente, os dados servirão para os governos do Estado e federal definirem forma e limite da ajuda financeira à Indústria, Comércio, Serviços e Rural. O Governo do Estado foi representado pelo diretor geral adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Roger Pozzi. Ele disse que o Estado deverá auxiliar com linhas de crédito, que serão operadas pelo Banrisul, com recursos do Fundopem alocados pelo Estado, subsidiando os juros, normalmente da ordem de 6% ao ano.